Dificilmente alguém inicia um negócio pensando em uma data para fechar, concordam? Normalmente, a ideia é que a empresa cresça, prospere e, se possível, que os filhos e netos sigam trabalhando no ramo e deem continuidade ao empreendimento.
Quando pequenos, os filhos costumam se espelhar nos pais, tanto em caráter e personalidade quanto em comportamento e atitudes. Motivados pelo contexto em que crescem, geralmente tendem a seguir também os os profissionais, por afinidade, ou simplesmente por se orgulhar da atividade desenvolvida pelos pais. É como diz aquele velho ditado: filho de peixe, peixinho é.
Só que nem sempre a vida se encaminha como planejado e, em muitos casos, os filhos não têm os mesmos sonhos dos pais. Isso é bem comum. O que felizmente não ocorreu com um dos filhos de um dos empresários mais bem-sucedidos de Brasília, Paulo Octavio Pereira.
André Octavio Kubistchek, 29, é o caçula de Paulo Octavio com Anna Christina, neta de Juscelino, fundador da cidade. André fez cursos de Business istration no exterior e formou-se em Direito pelo UniCeub – recentemente obteve o registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Embora seja herdeiro de um “império”, se diz disposto a abraçar a política para honrar a história da família, especialmente do bisavô. “Encaro como um desafio e algo que vejo que vou poder, de alguma forma, tentar transformar e melhorar a qualidade de vida das pessoas, incentivar os empresários e trabalhar. É somente participando da política que conseguiremos incrementar, ajudar, transformar e desenvolver vários aspectos da vida cotidiana, inclusive do setor empresarial”, acredita André.
Pais inteligentes não protegem. Eles desenvolvem seus filhos! E sabem que precisam fazer isso o mais cedo possível. E sabem muito bem a importância de conscientizar as novas gerações sobre a herança de valores de uma família.
Paulo Octavio diz que desde cedo ele e a esposa sentiam que André tem uma veia política. “É um grande agregador, um articulador. E por livre e espontânea vontade, está dando os primeiros os na caminhada, que é de grande responsabilidade. Não é fácil levar o nome do fundador de Brasília numa eleição. Mas eu creio que ele pode contribuir muito com a cidade”, relata PO.
“Por mais que a gente tenha uma boa base empresarial, a política, querendo ou não, move montanhas. Ela é importante para o desenvolvimento econômico e social. A minha intenção em encarar esse desafio é realmente de coração”, almeja André. “Eu sempre digo que amo essa cidade incondicionalmente, e tenho nome e sobrenome importantes que preciso honrar. Tenho a responsabilidade de dar continuidade a esse legado, que foi Kubitschek para o Brasil e para Brasília. Meus primeiros os na política serão em direção à melhoria de nossa sociedade.”
Mais do que características genéticas, os pais am para os filhos valores e também hobbies que contribuem para fortalecer os laços parentais. Eu ainda não tenho filhos, mas vejo que prepará-los para que eles possam tomar as melhores decisões por conta própria e enfrentar os desafios que vem pela frente deveria ser um dos maiores objetivos de todos os pais.
De geração para geração, deixar uma “herança” não se resume a um ato de altruísmo: é importante olhar, também, para si mesmo! Isso porque deixar um legado está diretamente relacionado a fazer o que ama. Uma pessoa pode se destacar no mercado empresarial, financeiro, ser um chefe de família, pai, mãe, filho de alguém e ter aquela roda de amigos que sente sua falta. Mas, mesmo com as inúmeras funções que desempenha, você está seguindo um propósito de vida, ou está apenas fazendo o que esperam de você, em uma rotina moldada e automática?
Portanto, seja o exemplo; a inspiração. Deixe uma herança, e um legado do bem para o mundo com o que você deseja e ajude as pessoas ao seu redor a construírem um legado tão maravilhoso como o que você vai deixar a partir de agora.