Gente, meu dia está super frenético e para não perder tempo na cozinha, optei por pedir uma saladinha gourmet com frango grelhado, quinoa e tiras de abacate nos apps de comida. E enquanto meu almoço não chegava, recebi um vídeo onde um autor consagrado se retratando por defender um humorista que entoa discursos contra as minorias…
Bem, acontece que, o autor e diretor de teatro, Gerald Thomas Sievers, de 70 anos, pediu desculpas publicamente a todos os que se sentiram ofendidos com sua defesa ao direito de liberdade de expressão do humorista Léo Lins, de 42 anos, que foi condenado a oito anos de prisão por disseminar conteúdos preconceituosos e criminosos como piada.

Alegando falta de conhecimento prévio sobre o conteúdo das apresentações do comediante, Gerald usou as redes sociais para se retratar.
“Eu tirei do ar os três posts que eu fiz em relação à liberdade de expressão de um humorista que, se eu tivesse prestado atenção ao conteúdo, jamais teria escrito o que eu escrevi [para defendê-lo]”, iniciou o relato.
E seguiu: “Eu vim aqui, fazer um pedido de desculpas a todos. E, infelizmente, cheguei a esta conclusão tardiamente.”
O diretor teatral renomado Brasil afora revelou que foi levado pelas manchetes sensacionalistas que destacavam o tempo de prisão que o humorista pode pegar em regime fechado.
“O que eu defendi foi o direito de expressão e não o conteúdo que esse cara fez. É realmente uma loucura [o que ele faz], e ao analisar com profundidade, é um conteúdo horroroso e nojento”, desabafou.

Gerald Thomas Sievers também ressaltou que não apoia o tipo de ‘piada’ entoado por Léo Lins sob os palcos de stand-up.
“Quem me conhece e conhece meu trabalho de 52 anos nos teatros, sabe que eu não sou homofóbico, nazista… justamente, eu sou o contrário disso. Então, eu jamais poderia defender esse tipo de horror”, reforçou.
O autor itiu estar totalmente arrependido de ter defendido o comediante e que, após conhecer o conteúdo que ele promove, isso lhe causou desconforto.
“Estou consternado, envergonhado e triste comigo mesmo. E [por isso] peço perdão. A gente erra, como todo mundo. Fui levado pela manchete da coisa, sem saber quem era o cara. Somente depois de ter publicado tudo isso é que tive consciência e percebi que jamais deveria ter feito isso”, completou.